Eletroestática
Tales de Mileto, no século VI A.C., observou o efeito âmbar, isto é, a propriedade de atrair corpos leves ao ser atritado. Praticamente na mesma época observou-se também que certas pedras (magnetita – os imãs naturais) atraíam pedaços de ferro. Durante muito tempo julgou-se que estes dois fenômenos eram de mesma natureza, ou seja, acreditou-se que ambos eram devidos a uma mesma propriedade dos corpos materiais.
Ainda na Antiguidade, entretanto, percebeu-se uma grande diferença entre estes fenômenos: o âmbar atritado exercia sua atração sobre vários outros corpos, enquanto o imã só atraía pedaços de ferro.
Portanto, estas atrações não deviam ser confundidas entre si, pois correspondiam a fenômenos diferentes.
IDÉIAS INICIAIS SOBRE A ORIGEM DA FORÇA ELÉTRICA
Em todas as referências aos fenômenos elétricos feitas pelos filósofos da Antiguidade, encontramos sempre uma tentativa de explicação da origem das forças elétricas. Estas explicações apresentavam as mais diversas formas, sendo algumas teológicas e até mesmo psíquicas. Muitos filósofos atribuíam a atração a uma simpatia entre os corpos que se atraíam e outros acreditavam que os corpos atraídos serviam de alimentos para o âmbar. Uma outra explicação das atrações elétricas, muito divulgada na Antiguidade, apresentava um caráter mecânico (material). Os defensores desta hipótese julgavam que o âmbar atritado emitia uma substância invisível, à qual denominavam eflúvio. Esta substância estabeleceria um contato material entre o âmbar e um objeto próximo, provocando sua atração.
Durante a Idade Média, predominou a antiga hipótese de que a atração era devida a uma simpatia entre os corpos. Entretanto, a impossibilidade de explicar vários fenômenos elétricos a partir desta idéia fez com que os cientistas do Renascimento (séculos XV e XVI) voltassem sua atenção para a hipótese material do eflúvio.
Gilbert publica o DE MAGNETE
No século XVI, o médico inglês William Gilbert