Elaboração de Projetos Sociais
I - MOTIVOS, PROCESSOS E RESULTADOS: PONTE PARA UM MELHOR DESEMPENHO
Atuando junto a iniciativas sociais, é comum escutar queixas a respeito do funcionamento dos serviços, da pouca clareza que os funcionários têm de seus papéis, queixas de que as pessoas se perdem em meio às suas tarefas e já têm dúvidas se estão fazendo a coisa certa, reclamações de que, após o planejamento, as pessoas se envolvem na infinidade de demandas internas e externas à organização. O mesmo ocorre na gestão de projetos sociais, as pessoas se questionam sobre o que está dando errado quando percebem que o que está acontecendo é diferente do que havia sido planejado: meses depois do início do projeto os jovens ainda não estão aptos para determinado ofício, ou as organizações que deveriam estar em rede ainda não estão interagindo, a oficina que deveria reunir pais e filhos na entidade não despertou o interesse dessas pessoas...
O que está errado? Mal planejamento? De quem é a culpa? Falta profissionalismo?
As respostas a estas perguntas geralmente não são simples. Normalmente envolvem uma complexidade de fatores que devem ser considerados conjuntamente.
Um conceito que pode ajudar as pessoas a lidarem melhor com estas questões é o conceito de processo.
A palavra processo tem sido amplamente utilizada em diferentes âmbitos. Fala-se em processo de tomada de decisão, processo de aprendizagem, processo grupal, processo de produção, processo de atendimento, processo criminal, processo de cura, etc. Processo vem do latim, processu, que quer dizer ato de proceder ou de andar. O dicionário Michaellis, na internet, ainda dá como definições: sucessão de mudanças numa direção definida, sucessão de fenômenos.
Por ter atuado durante anos no setor empresarial, junto a indústrias e empresas prestadoras de serviços, e depois direcionar minha atuação para as organizações da sociedade civil, posso falar sobre processos nestes dois âmbitos. E posso dizer que, a despeito