Eixo do mal
Visão de mundo de um povo, de uma civilização ou de uma cultura. Nessa definição, a filosofia corresponderia, de modo vago e geral, ao conjunto de ideias, valores e práticas pelos quais uma sociedade apreende e compreende o mundo e a si mesma, definindo para si o empo e o espaço, o sagrado e o profano, o bom e o mau, o justo eo injusto, o belo e o feio, o verdadeiro e o falso, o possível e impossível, o contingente eo necessário. Qual o problema dessa definição? Por um lado, ela se parece com a noção de “minha filosofia” ou “a filosofia da empresa”; por outro lado, ela é tão genérica e ampla que não permite, por exemplo, distinguir entre filosofia e religião, filosofia e arte, filosofia e ciência. Na verdade, essa definição identifica filosofia e cultura, pois esta é uma visão de mundo coletiva que se exprime em ideias, valores e práticas de uma sociedade determinada. A definição, portanto, não consegue se acercar da especificidade do trabalho filosófico e por isso não podemos aceitá-lo com definição da filosofia, mas a penas como uma expressão que contém ou indica alguns aspectos que poderão entrar na sua definição.
Sabedoria de vida. A filosofia é identificada com atividade de algumas pessoas que pensam sobre a vida moral, de dedicando-se à contemplação do mundo e dos outros seres humanos para aprender e ensinar os outros a controlar seus desejos, sentimentos e impulsos e a dirigir sua vida de modo ético e sábio. A filosofia seria, nessa definição uma escola de vida ou uma arte do bem viver; seria uma contemplação do mundo e dos homens para nos conduzir a uma vida justa, sábia e feliz, ensinando-nos o domínio sobre nós mesmo, sobre nossos impulsos, desejos e paixões. Essa definição, porém, nos diz, de modo vago, o que se espera da filosofia (a sabedoria interior), mas não o que é e o que faz a filosofia e, por isso, também não podemos aceita-la, mas apenas reconhecer que nela está presente um dos aspectos do trabalho