egito
Percebe-se aí que uma estrutura construída desta forma destinava-se a um culto reservado exclusivamente aos sacerdotes, não contando com a participação dos fiéis. O templo era a casa do deus e não tinha como finalidade acolher mais ninguém senão aqueles que deveriam prover o culto da divindade.
Visto do exterior, com suas grandes muralhas e colunas, o templo se assemelhava muito a uma fortificação, e possuía como tal a finalidade de proteger a estátua do deus de forças hostis e também de olhares daqueles que não estavam a seu serviço. Não eram os fiéis que iam até o deus e sim este que se apresentava a eles em determinadas ocasiões, nas festas e procissões.
O acesso ao templo estava, desta forma, reservado ao pessoal especializado, os sacerdotes e encarregados de serviços auxiliares. Todos os outros estavam deliberadamente excluídos deste recinto. Até mesmo o sacerdote para adentrar a capela do deus deveria precedê-la com vários rituais de purificação de sua pessoa.
A exceção a esta regra para constituição dos templos egípcios se deu no denominado período de Amarna (c. 1353-1336 a.C.), quando o faraó Amenhotep IV/Akhenaton construiu templos totalmente abertos dedicados a Aton, o disco solar, única divindade cuja adoração era permitida pelo soberano. Não haveria