Eficiência energética de resíduos de madeira na amazônia
Gisele Rodrigues dos Santos (AMB10B)
O início do processo civilizatório do homem (Era do Fogo), é marcado pela descoberta de que a madeira poderia ser uma importante fonte de energia. Uma aplicação desse potencial, muito sofisticada para o período, era a simples fricção de dois gravetos que gerava fogo e assim, consequentemente, criava-se uma fogueira, o que foi um grande passo para a humanidade. Até hoje a obtenção de energia a partir da madeira, apesar de primitiva, é realizada em grande parte para uso doméstico, com lenha para queima direta sendo geralmente associada a contextos rurais e de subdesenvolvimento.
No século XXI o interesse pelos energéticos derivados da madeira volta a crescer em todo o mundo, estimulado pelos altos preços do petróleo e pelas metas para aumentar o uso de fontes renováveis. O consumo de “pellets” de madeira na Europa em 2009 atingiu 7,5 Mt movimentando € 1 bilhão. Embora ainda relativamente pequeno, o crescimento é muito forte quando se considera que, em 2001, o consumo dessa bio-energia foi de apenas 1,5 Mt.
No Brasil a madeira pode ser considerada uma das principais fontes de energia, pois fornece uma quantidade comparável às hidrelétricas. No entanto a maior parte desse material destina-se ao uso industrial nas indústrias de celulose e papel, gesseira, cerâmica, ou é utilizada para fabricar carvão vegetal, insumo na cadeia de produção do ferro-gusa e aços especiais. Residindo aí o perigo, pois essas atividades envolvem, igualmente, a exploração de florestas nativas, o desmatamento ilegal de grandes áreas e condições precárias de mão-de-obra.
Muitos estudos vêm sendo realizados no intuito de se aplicar formas adequadas e eficientes para a utilização da madeira como fonte de energia. Exemplo disso foi o 1º Seminário Madeira Energética – MADEN 2008, realizado na sede do Instituto Nacional de Eficiência Energética – INEE, no Rio de Janeiro, onde muitas propostas