Efeitos do estresse em familiares cuidadores de pacientes com cânce
Título
Efeitos do estresse em familiares cuidadores de pacientes com câncer
Introdução
De acordo com Inocenti et al. (2009) o diagnóstico do câncer ou a simples possibilidade de sua confirmação, que passa a ser sentida como a morte ameaçada, rompe o equilíbrio familiar. É tão arraigada a associação de morte ao diagnóstico de câncer que, mesmo continuando a viver, permanece a marca da morte antecipada nas pessoas que convivem com essa situação. Os cuidados direcionados a pacientes com câncer em estado avançado demandam demasiado tempo de dedicação do cuidador e isto faz com que ele abandone grande parte de suas atividades cotidianas, tendo que se adaptar a uma nova rotina que inclui as exigências e demandas do tratamento. Nesse contexto o cuidador percebe-se “deixando sua vida de lado”. A sobrecarga do cuidado restringe atividades, traz preocupações, insegurança e isolamento, e coloca o cuidador diante da morte e da falta de apoio emocional e prático. Esses fatores têm potencial para aumentar o risco de cansaço e estresse.
Quando os pacientes de câncer estão sob cuidados paliativos e não hospitalizados são geralmente cuidados por pessoas da família, as quais sofrem profundo desgaste físico e psicológico. O cuidado normalmente incide em um dos membros da família, denominado cuidador principal. De acordo com Gonçalves et al.(2006), os cuidadores precisam de suporte social para ajudá-los a manter a própria saúde e poder cuidar de si mesmos. Não dispondo de tal suporte, os cuidadores ficam expostos a riscos de adoecer, não pelo cuidado em si, mas pela sobrecarga a que são impostos. Floriani e Schramm (2006) consideram que para o cuidador trata-se não só de uma sobrecarga nas atividades, mas também de uma ameaça à sua saúde, já que muitos adoecem ou agravam problemas de saúde já existentes. De acordo com Inocenti et al (2009), observa-se, por conta disso, alta prevalência de depressão em cuidadores cônjuges de pacientes com câncer