Efeitos do capitalismo na sociedade: Eles não vão à Daslú
ELES NÃO VÃO À DASLÚ
Daslú foi considerada pioneira no mercado do luxo e logo virou referência em todo país, vendendo acima de tudo, estilo e sonhos. A Daslú sempre lançou e lança até hoje tendências. Criou uma forma própria de expor suas peças e principalmente de atender as clientes, tratando-as como “amigas” e, não, simples consumidoras. Pelo glamour e fama de pura elegância, atraiu a socialite brasileira e consequentemente, ganhou o mundo.
Trabalhadores levantam no meio da madrugada, para batalharem por seu ganha-pão, enfrentando o sol, chuva, fome, para que ao final do dia, possam voltar à suas casas com o mínimo para o sustento da família.
Nesse documentário, podemos perceber que o capitalismo faz parte unicamente do mundo dos ricos, enfim foi criado para eles e não oferece esperança de mudança, por tratar de forma totalmente desigual os iguais (maioria). O poder continua centralizado nas mãos da minoria.
A manutenção da família, a falta de oportunidades no mercado de trabalho e a ausência de opção é sempre o maior incentivo para os catadores de material reciclado permanecerem nas ruas. Mas a maior dificuldade está na proteção que ambos não têm, por serem trabalhadores autônomos e não pagarem planos de previdência social (talvez por falta de conhecimento), para que possam se aposentar e até mesmo, caso necessário, se afastarem do trabalho por eventual doença ou invalidez, recebendo o pagamento de salário, “justo” para sobreviverem.
São pessoas que sofrem preconceito e marginalização por parte da sociedade e abandono e descaso do Estado. Crianças e adolescentes também vivem nesse decadente cenário de miséria e desajustamento. Para maioria, desses indivíduos, talvez esse seja o único caminho para que não ingressem no mundo da criminalidade, mesmo estando tão próximo do que esse submundo lhes estabelece. Para alguns, as ruas é um refugio, porque dentro de casa a dificuldade parece maior e a