Efeito Estufa
Efeito Estufa e Consumo - o falso mote da energia nuclear
22/06/2004 - Fonte: CTA-JMA
Por Domingos Bernardi Neto*
Há apenas alguns dias o Jornal Independent publicou artigo polêmico de James Lovelock, no qual o autor da Hipótese de Gaia defende e conclama ambientalistas e ecologistas à desmistificação do uso da energia nuclear como alternativa sistêmica ao controle da velocidade dos acontecimentos relacionados ao efeito estufa e ao aquecimento global. O artigo em questão aborda, nas entrelinhas, que a velocidade da sucessão ecológica proveniente das alterações climáticas provocadas pelo homem se constitui na maior ameaça à civilização.
Desde que surgiu, Homo sapiens têm-se dedicado a conquistar o planeta, a criar e estender seu domínio a todas as demais espécies e a todas as forças da natureza.
A ecologia, também criada por Homo sapiens sapiens faz uso de uma linguagem que se refere às mudanças das espécies como resultado das mudanças do ambiente. Nesse contexto o processo de sucessão pode ser visto como uma conseqüência inevitável do caráter histórico dos ecossistemas. Ao considerarmos o homem enquanto espécie, como parte de um sistema subordinado a sistemas maiores - as comunidades - e estas subordinadas a sistemas ainda maiores, os ecossistemas ou a biosfera, se assume que o funcionamento dos sistemas mais amplos influencia na manutenção e determinação do número de espécies e de indivíduos.
À sucessão são conferidas as propriedades de estimular e direcionar o processo evolutivo. A importância do processo sucessional se apóia na premissa de que a estrutura e funcionamento dos ecossistemas não estão determinados primariamente por leis biológicas e sim por leis não biológicas, como por exemplo as leis ou princípios da termodinâmica, além de umas poucas leis gerais da física envolvidas nas hipóteses que explicam a estrutura do universo conhecido. Por outro lado, a