eergente

939 palavras 4 páginas
paradigma emergenteO autor propõe uma análise da dicotomia ciências sociais/ciências naturais, bem como das fundações sobre as quais se baseia o conhecimento empírico e a percepção que dele temos, bem como da fragilidade das mesmas; considera que o passado recente era condicionado por aquilo que denomina por paradigma dominante, o qual, fruto de avanços socio-tecnológicos da sociedade, se encontra em crise.

"Vivemos num tempo atónito que ao debruçar-se sobre si próprio descobre que os seus pés são um cruzamento de sombras, sombras que vêm do passado que ora pensamos já não ser, ora pensamos não ter ainda deixado de ser, sombras que vêm do futuro que ora pensamos já sermos, ora pensamos nunca vir a ser."

Questionando a validade do paradigma dominante como modelo de compreensão actual da visão polar quer das ciências sociais quer naturais, procura salientar que as suas bases têm vindo a ser abaladas com avanços epistemológicos, os quais irão pôr em causa toda a sua razão de ser, se não na essência, possivelmente enquanto modelo actual de compreensão. Situado o momento presente na situação dúbia de passagem de um paradigma precedente para um paradigma emergente, o autor invoca as razões de crise do paradigma em vigência, procurando por último fundamentar aquele que propõe como modelo a emergir.

Irá ainda situar as bases do paradigma emergente em quatro pontos que considera de importância acrescida: conhecimento científico-natural é científico-social, conhecimento é local e total, conhecimento é auto-conhecimento e conhecimento científico visa constituir-se em senso comum.

Paradigma dominante.

Considerando o paradigma dominante como sendo de certa forma hegemónico e autoritário, o autor critica a sua forma quase absolutista de considerar o conhecimento, conhecimento esse dominado por uma elite. As suas bases resultam de uma revolução científica iniciada no século XVI e que culmina no século XIX com a sua extensão às ciências sociais; ou seja, os

Relacionados

  • Igreja emergente - resenha - mauro meister
    590 palavras | 3 páginas