Educação nclusiva
Vivenciamos um momento em que mundialmente se fala na inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino. A essa realidade incluem-se os surdos. Mas é preciso compreender que os surdos não são deficientes. São apenas surdos. Como disse Ann Silver em 1999, "'Séculos atrás, éramos uma caixa de lápis, não seres humanos. Porque os pontos de vista médico e audiológico têm nos impedido de ser vistos em um contexto lingüístico-cultural, rótulos arcaicos têm sido colados a nossa língua e literatura - alguns dos quais ainda existem neste dia e era”.
O ideal de inclusão defendido pelas leis atuais prevê que todas as crianças freqüentem a escola regular, e esta deve se fazer apta a recebê-las. Mas o que acontece quando a primeira língua dos alunos não for o português? A questão se complica. O texto de Silva, 2006 chama a atenção para o processo de inclusão dos surdos no espaço educacional. Para tal considera que a criação da primeira escola pública para surdos em Paris e o Congresso de Milão em 1880 são os fatos determinantes para este fato. Segundo o texto houve a percepção que os gestos cumpriam as mesmas funções das línguas faladas e conseqüentemente havia uma comunicação efetiva entre eles. Assim iniciou-se o processo de reconhecimento da língua de sinais. Foi assim que após aproximadamente seis anos os surdos já dominavam a língua francesa de sinais além do latim e uma língua estrangeira. Depois de um século da criação da Escola pública para surdos, asa comunidades surdas se espalharam tendo como objetivo dar mais qualidade de vida para os surdos.
No entanto, o surdo não vive no silêncio absoluto. Na verdade não há desvantagem na surdez quando se fala em comunicação e linguagem, visto que não é a modalidade da língua que define se estamos em silêncio ou não. Os surdos percebem os sons através da vibração, através da observação da movimentação dos outros indivíduos e através do contato corporal com alguém que