Educação grega

Introdução

A Grécia pode ser considerada o berço da pedagogia. A palavra pedagogia significa aquele que conduz a criança, no caso o escravo que acompanha a criança à escola. Com o tempo, o sentido se amplia para designar toda a teoria da educação. A educação na Grécia teve formas diferentes, como veremos neste trabalho. Em Esparta ela assume um papel de preparação para a guerra, e em Atenas assume um papel mais intelectual.
As meninas não recebiam qualquer educação formal, e aprendiam os ofícios domésticos e os trabalhos manuais com as mães. O principal objetivo da educação grega era preparar o menino para ser um bom cidadão.

Esparta e Atenas: dois modelos educativos

Esparta e Atenas deram vida a dois ideais de educação: um baseado no conformismo e estadismo, outro na concepção de Paidéia, de formação humana livre e nutrida de experiências diversas. Esparta ocupava o fértil vale do rio Eurotas, na região de Lacônia. “Por volta do século IX, o legislador Licurgo organiza o Estado e a educação. De início os costumes não são tão rudes, e a formação militar é entremeada com a esportiva e a musical. Com o tempo e, sobretudo no século IV a.C. quando Esparta derrota Atenas – o rigor da educação se assemelha à vida de caserna.” (ARANHA. Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. P. 38) As crianças do sexo masculino, a partir dos sete anos, eram retiradas da família e inseridas em escolas-ginásios onde recebiam, até os 16 anos, uma formação do tipo militar, que devia favorecer a aquisição da força e da coragem. O cidadão-guerreiro é formado pelo adestramento no uso de armas. Quanto à cultura, ler e escrever, pouco espaço era dado na formação do espartano. Atenas passou pelas mesmas fases de desenvolvimento de Esparta, porém priorizava a formação intelectual, sem deixar de lado a educação física que vinha acompanhada por uma preocupação moral e estética. A educação musical era extremamente valorizada, como também a poesia, o canto e a