educação ambiental
O Pnuma, programa de meio ambiente da ONU, divulgou ontem, em Nairóbi, no Quênia, relatório que agrega a opinião de mais de 420 cientistas sobre os 21 temas ambientais críticos para o século 21.
O relatório, “21 temas para o século 21”, é resultado do processo de previsão sobre temas ambientais emergentes do Pnuma. Esse processo definiu temas ambientais emergentes como aqueles que tenham um impacto ambiental global positivo ou negativo e são reconhecidos pela comunidade científica como muito importantes para o bem-estar humano, mas ainda não receberam atenção adequada pelos formuladores de políticas. O diretor executivo do Pnuma e secretário-geral adjunto da ONU, Achim Steiner, explica no prefácio do relatório que o “foco inicial [do trabalho] foi informar a cúpula da Rio+20, que acontecerá no Brasil em 2012”, mas ele será relevante também “para a formulação de políticas ambientais e definição de prioridades científicas”.
O Pnuma, a grande maioria dos países e os ambientalistas definem a Rio+20 claramente como uma reunião ambiental. Os temas do desenvolvimento, como transição para a economia verde, com equidade, serão discutidos sob a ótica ambiental e não puramente econômica e social. Mas os responsáveis pela pauta da Rio+20 no Brasil, como se sabe a cargo do Itamaraty, insistem em dizer que ela não será uma reunião ambiental.
Essa contrariedade entre o entendimento do ONU, de grande parte dos países que participarão da cúpula e da totalidade do ambientalismo global, de um lado, e o governo brasileiro com alguns aliados, de outro, é um risco claro ao sucesso da reunião. A ministra Izabela Teixeira estava em Nairóbi, na reunião do comitê de governança do Pnuma e do Fórum Ambiental Global. Ela sabe que a agenda é ambiental.
A Rio 92, denominada “Cúpula da Terra”, e conhecida durante muito tempo por “Eco 92”, que originou a Rio+10 e, agora, a Rio+20, era, evidentemente, uma reunião ambiental. O argumento de que a “linhagem” das cúpulas