edsfghjk

1277 palavras 6 páginas
Resultantes de pesquisas desenvolvidas nos últimos trinta anos, metade dos quais em diferentes ocasiões e em diferentes pontos da região amazônica (p. 13) na execução do Projeto Tensões sociais nas frentes de expansão da Amazônia Legal, cujo horizonte empírico ocupa os Estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão e Tocantins, os quatro capítulos que compõem o livro têm como eixo fundamental da análise, numa dimensão, propriamente sociológica e antropológica (p. 13), os aspectos essenciais da multiplicidade da fronteira. O elemento unificador dos estudos é o desencontro entre diferentes grupos sociais que juntam (e separam) pedaços de vida entre a esperança e o destino trágico. É assim, que posseiros, garimpeiros, indígenas, missionários, colonos e capitalistas pautam seus destinos pela exploração ou pela solidariedade, pela idéias de futuro ou pela certeza de uma derrota histórica, pela escravidão por dívida que faz com que o assujeitado não chegue à condição de sujeito, pela falta de terra em meio à imensidão da terra (e da floresta) compondo as máscaras que se esfacelam na tragédia da fronteira, onde José de Souza Martins vai esquadrinhar a face sem retoques de um espaço social marcado pelos caminhos e pelos descaminhos.

Baseando-se em técnicas artesanais de investigação e em técnicas de inserção pedagógica temporária nos grupos e comunidades estudados (p. 15), realiza pertinentes críticas àqueles estudos que, ao privilegiarem a ideologia do pioneiro, deixam de lado o essencial, o aspecto trágico da fronteira (p. 15). Isso porque o discurso dominante, constituído, segundo Martins, pelo imaginário do poder, no que se refere às fronteiras dos Estados Nacionais no senso comum e, em grande medida no discurso acadêmico, aborda a formação das fronteiras internas destacando figuras proeminentes ou grupos sociais que, desbravando um território selvagem, despovoado, teriam construído a civilização no espaço conquistado. Esse imaginário que

Relacionados