Edas
Gleyva Maria Simões de Oliveira
A discussão acerca desse tema nos remete a considerá-lo primeiramente no âmbito da Educação e depois da Educação a Distância
(EaD), de maneira mais específica, uma vez que a EaD apesar de suas especificidades enquanto modalidade de ensino, se insere no campo da
Educação.
Para falar de avaliação, poderíamos nos enveredar nas várias vertentes do conhecimento, com o objetivo de buscar em suas bases epistemológicas a compreensão desse mecanismo tão utilizado e criticado na Educação.
1 As Bases Epistemológicas da Avaliação na Educação
Se optássemos por essa dinâmica, poderíamos buscar as bases psicológicas, antropológicas, filosóficas, sociológicas, econômicas, entre outras da avaliação.
Mas, nossa opção é de falar de avaliação, no sentido da sua dinâmica no processo educacional por meio do seu aspecto "formativo" e "político", por considerarmos tais aspectos fundamentais para o exercício da prática educativa. Ao fazer tal afirmação assumimos uma concepção de avaliação, que é resultante de uma evolução do conceito de avaliação ao longo dos tempos.
Ao olharmos na história o tratamento atribuído à avaliação perceberemos que suas fases encontram-se em três bases epistemológicas: o objetivismo, o subjetivismo e a dialética.
Na primeira base, o objetivismo, a avaliação confere maior valor ao aspecto formal, uma vez que objetivismo deriva de objeto, na acepção de que o conhecimento científico é construído por meio da separação entre sujeito e objeto e, especificamente, da independência do objeto sobre o sujeito, que na relação com o objeto deve assumir uma postura de neutralidade.
Essa visão de conhecimento científico advém do século XVII, momento em que as Ciências Humanas necessitavam, devido à fragilidade de seu
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campo de estudo, atribuir maior credibilidade e veracidade aos resultados de suas pesquisas e, que, portanto a "medida" seria o meio para a construção