ED BQA
1) Caso Clínico: Paciente com dor abdominal e história de desconforto gástrico, encontra-se hospitalizado, após chegar na emergência já inconsciente, hipotenso e sinais evidentes de hemorragia digestiva.
Achados laboratoriais (12 horas após o provável rompimento de úlcera gástrica):
Uréia = 135 mg/dL
Creatinina = 2,1 mg/dL Potássio = 7,3 mEq/L Sódio = 158 mEq/L
PERGUNTAS:
1. Como deve ser esperado o potássio urinário? Diminuído, normal ou elevado. Por que?
Aumentado devido a ativação do sistema renina – angiotensina – aldosterona, que promove a troca de sódio por potássio, visando a retenção de agua e manutenção da pressão arterial.
2. Como deve estar o pH sanguíneo? Por que? E o bicarbonato? Por que?
Marcador
Achado laboratorial
Valor de referência
Concentração
Potássio
7,3 mEq/L
3,5 a 5,5 mEq/L
Aumentado
Sódio
158 mEq/L
135 a 145 mEq/L
Aumentado
Normalmente, o pH do sangue é de 7,4, precisamente um intervalo de tolerância entre 7,35 e 7,45, no qual valores menores ou maiores indicam, respectivamente, acidose e alcalose. Para evitar variações do pH, existe o sistema tampão, sendo constituído por substâncias que dificultam as alterações do pH pela adição de ácidos ou bases. O bicarbonato é uma das principais substâncias desse sistema, sendo o de maior importância na regulação do pH sanguíneo.
Através dos achados laboratoriais do paciente, constatou-se que o mesmo apresenta distúrbios eletrolíticos, com quadro de hipercalemia (caracteriza-se pela concentração de potássio sérico superior à 5,5 mEq/L) e hipernatremia (definida como concentração de sódio sérico maior que 145mEq/L). Os íons potássio e sódio contribuem para a tonicidade do meio, e nesse caso como estão em concentrações elevadas, 7,3 mEq/L e 158 mEq/L, respectivamente, induzem à hiperosmolaridade plasmática, tratando-se de acidose metabólica. Os efeitos da acidose metabólica ocorrem diretamente pela redução do pH (pH < 7,35) e