Ed 2012/1
No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais — como o Facebook e o Twitter — ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.
SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. IstoÉ Internacional. 2 mar. 2011 (adaptado).
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Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes A) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes. B) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver. C) manter o distanciamento necessário à sua segurança. D) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores. E) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.
Resolução
A velocidade e a interatividade dos meios de comunicação caracterizam a sociedade informacional contemporânea. O controle desses meios por parte dos poderes constituídos determinou uma relativa homogeinização dos comportamentos mundiais, porém é evidente um aspecto contraditório: se são utilizadas para exercício do poder dominante, as redes sociais, graças a sua velocidade e abrangência, também contribuem para a difusão de ideias que os contestam, como demonstraram as recentes mobilizações no mundo árabe. Resposta: E