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O Governo e a Economia

A economia é, em geral, influenciada diretamente por seus agentes econômicos. As famílias, as empresas, o governo e o resto do mundo moldam e fazem o sistema mundial progredir ou regredir, passar por mudanças ou períodos de estabilidade, enfrentar momentos de crise ou de avanços contínuos. O governo, com seus gastos, com a cobrança de tributos (diretos ou indiretos), com suas contribuições e taxas faz a economia se definir e se redefinir todos os dias. Mas o que isso significa? As ações de um agente dependem das ações dos demais, uma vez que estão interligados e suas escolhas diárias remetem em acontecimentos que podem modificar todo um planejamento de um sistema. Ou seja, por exemplo, a decisão de produzir ou de investir das empresas depende da decisão de comprar ou de poupar das famílias, que são influenciadas pelos tributos e taxas do governo e este é influenciado pelos gastos e pela relação com o resto do mundo. Assim, é notável que o sistema econômico funcione de forma interligada, muitas vezes irregular e ainda podendo favorecer a alguns e prejudicar a outros, submetendo a economia mundial a passar por mudanças contínuas. Os tributos, que são valores instituídos por lei e cobrados pelo governo, geram constante questionamento por especialistas e também pela população. Tomando como exemplo o sistema tributário brasileiro, é comum ouvir que “o Brasil tem carga tributária de Primeiro Mundo e serviços sociais de Terceiro Mundo”, o que remete ao pensamento de que a carga tributária é extremamente alta e, o pior: não é aplicada corretamente para benefício daqueles que contribuem com sua formação. De fato, é verdade. Segundo dados do ano de 2006, a carga tributária brasileira correspondia a 38% do PIB, nos quais 13% são gastos com aposentadorias e pensões, 4,5% com educação e 7,5% com saúde, ou seja, 26% do PIB. O pagamento de juros da dívida pública corresponde a 7% e o superávit primário (amortização da dívida) corresponde a 4,25%. O