economia
5.1. A Inflação
5.2. A Evidência Empírica
5.3. Os Déficits Governamentais e a Inflação
5.4. O Imposto Inflacionário e a Seigniorage
5.5. A Hiperinflaçäo
5. A Moeda e a Inflação
Neste texto focalizaremos o efeito do crescimento monetário sobre a inflaçäo e as taxas de juros. Consideraremos quatro tópicos.
Primeiro, examinaremos a proposta monetarista de que a inflaçäo é um fenômeno monetário, o que significa que a inflaçäo é inteiramente ou, no mínimo primordialmente, devida ao crescimento monetário excessivo. Segundo, estudaremos as ligaçöes entre as taxas de juros, a inflaçäo e o crescimento monetário. A questäo é se o crescimento monetário maior aumenta ou diminui as taxas de juros. Terceiro, veremos as ligaçöes entre os déficits orçamentários e o crescimento monetário, perguntando se ou sob quais circunstâncias os déficits orçamentários geram crescimento monetário. Finalmente, descreveremos as hiperinflaçöes e o papel do crescimento monetário nelas. (Dornbusch)
5.1. A Inflação
A inflação é definida como a alteração percentual do nível de preços. Portanto, (…), precisamos identificar adequadamente o nível de preços. No modelo que desenvolvemos até agora, o nível de preços P é usado no único produto da economia. (…) Na prática, a inflação normalmente é medida pela variação do índice de preços ao consumidor (IPC), que é o preço médio da cesta de bens e serviços consumidos por uma família representativa. (Sachs & Larrain, p.365)
Nosso objetivo é apresentar a visäo monetarista de que a inflaçäo é, sempre e em qualquer lugar, um fenômeno monetário. Para uma compreensäo firme, duas distinçöes devem ser mantidas em mente: a primeira é entre o curto e o longo prazo; a segunda é a distinçäo entre os distúrbios monetários e outros distúrbios (fiscais, por exemplo, ou choques do petróleo) relativos à economia.
Os monetaristas tendem a se concentrar no longo prazo e nas economias onde as variaçöes no crescimento monetário säo