economia
"Isso tudo gera incertezas... No primeiro ano, vai ter um crescimento baixo, porque você vai precisar de um ajuste fiscal grande e acomodação de preços relativos", disse Rands a jornalistas em evento no Rio de Janeiro. Ele avaliou, contudo, que uma eventual vitória de Marina pode gerar expectativa positiva e fazer com que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,5 por cento no próximo ano, ante previsão de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central de expansão de 1 por cento. Para este ano, a previsão das instituções financeiras é de crescimento de 0,3 por cento e do governo, de 0,9 por cento.
"Não vamos ter pelo menos o setor público federal jogando contra o crescimento como vem jogando hoje. Hoje o governo federal atrapalha o crescimento", disse o economista. A partir de 2016, feito o ajuste fiscal, o Brasil poderá voltar a crescer a taxas "razoáveis", na casa dos 3 por cento, disse. "Não esperem em 2016 nada como 5 ou 6 por cento, porque não há condições para isso." Rands acrescentou que o ideal seria uma elevação do superávit primário para entre 2,5 e 3 por cento do PIB para ajustar as contas públicas. Mas diante de um crescimento baixo, ele reconhece que só seria viável um superávit de 2 por cento do PIB. O atual governo persegue uma meta de superávit fiscal equivalente a 1,9 por cento do PIB neste ano, mas dificilmente conseguirá atingir o objetivo sem manobras fiscais.
Se chegar a 2 por cento, já vamos estar fazendo um grande serviço e, se fizer isso com planejamento de longo prazo e mostrando como você