Economia

2461 palavras 10 páginas
A Estrutura da Economia Colonial Brasileira A princípio é importante estabelecermos que a economia colonial foi um reflexo da política metropolitana que estabelecia a produção de caráter mercantil, ou seja, a produção em larga escala de produtos com alta demanda no mercado externo. A estrutura econômica implementada no Brasil dependia fortemente das flutuações conjunturais dos produtos de exportação e uma de suas funções era gerar excedentes transferíveis para a metrópole. Outro fator relevante é a dependência externa não só relativa a demanda dos mercados, mas também ao financiamento das atividades internas e de exportação, ao controle dos circuitos comerciais e até mesmo como produtor colonial (via arrendamento de atividades).

O setor econômico mais dinâmico, do período colonial ao fim da monarquia, era a produção voltada para a exportação. Esta estrutura estava alicerçada no sistema de plantation: latifúndio, monocultura, trabalho escravo e com a produção voltada para o exterior.

Apesar de dinâmico e de certa forma predominante no setor de exportação, o sistema de plantation coexistia com uma miríade de pequenas e médias propriedades que tanto produziam para exportação quanto para abastecer o mercado interno, com formas variadas de remuneração, trabalho e produtos.

O mercado interno colonial, ainda que mal integrado, era muito expressivo e permitiu processos de acumulação interna de capital a fim de financiar os setores agroexportadores e a instalação de manufaturas simples e complexas voltadas para o atendimento de determinadas demandas internas.

Resumindo, a economia colonial era muito complexa e variada, a saber:

- compreendia a existência de pequenas e médias propriedades com produção voltada tanto para o mercado interno quanto externo;

- existia um grande número de manufaturas simples (tecidos para escravos, produção de cordas, móveis, produtos alimentícios etc.) quanto mais complexos quanto um

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