Economia
Criado pelo governo José Sarney no final de fevereiro de 1986, o plano cruzado foi idealizado por Dílson Funaro, então principal ministro da Fazenda. Entre as principais medidas estavam: * Congelamento de preços de bens e serviços; * Reforma monetária, alterando a moeda que passou a se chamar cruzado; * Congelamento dos salários pela média de seu valor dos últimos meses e do salário mínimo em CZ$ 804,00; * Criação de um tipo de seguro-desemprego para quer fosse dispensado sem justa causa ou em virtude do fechamento de empresas; * Salários passam a ser reajustado pelo chamado gatilho salarial, que estabelecia o reajuste automático dos salários sempre que a inflação alcançasse 20%.
Em um primeiro momento, o Plano Cruzado teve amplo apoio e até mesmo seus opositores passaram apoiá-lo. No entanto as coisas começaram a não dá certo, pois os preços relativos da economia estavam desequilibrados. Com isso, muitos produtores não puderam reajustar seus preços (que eram corrigidos no inicio de cada mês) e acabaram perdendo rentabilidade no negócio ou, em alguns casos, ficando com preços mais baixos que os custos. Isso levou á queda na qualidade diversos produtos. Além disso, o congelamento não permitiu que os preços que variam de acordo com a época do ano se ajustassem o que levou ao desabastecimento de alguns bens e o surgimento do ágio para a compra de produtos como carne, leite e automóveis. Para piorar a situação, o governo concedeu um abono de 16% ao salário mínimo e de 8% aos funcionários públicos, o que estimulou o consumo e aumento a demanda, que não pode ser ajustada por um aumento de preço.
O governo seguia com elevados gostos público e manteve o congelamento da taxa de câmbio, o que levou o país a perder uma parcela considerável das reservas internacionais e os juros da economia estavam negativos o que desestimulava a poupança e pressionava o consumo. A proximidade das eleições para os governos