economia
EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA
12/08/2014 02h00
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Durante os próximos quatro anos, o Brasil deve crescer abaixo da média da última década, com inflação superior à meta de 4,5% e juros acima de 10%. O próximo presidente terminará o período de governo, no entanto, com números melhores do que os verificados em 2014.
Essas previsões fazem parte da pesquisa semanal Focus, do Banco Central, que reúne as projeções para a economia de cerca de cem analistas de instituições do setor público e privado.
Essas previsões olham, desde 2001, para um cenário de até quatro anos. Em seu relatório mais conhecido, o BC só divulga estimativa para o ano atual e o seguinte, mas as projeções de longo prazo podem ser obtidas no site da instituição.
Nesta segunda-feira (11), as projeções de crescimento para 2014 e 2015 foram reduzidas novamente, para 0,81% e 1,2% -uma semana antes, elas eram de, respectivamente, 0,86% e 1,50%.
No cenário traçado pela pesquisa, o próximo governo começa com algumas medidas impopulares que não constam no discurso dos principais candidatos.
Haveria forte reajuste de tarifas e preços controlados, de 7% no ano, e pequeno aumento da taxa básica de juros, dos atuais 11% para 12%.
Esses ajustes, segundo as previsões, não representam um choque capaz de derrubar rapidamente a inflação, com efeito recessivo sobre a atividade econômica.
Pelo contrário. A previsão é que a inflação fique em 2015 praticamente no mesmo patamar de 2014, ou seja, próxima do limite de 6,5%. o IPCA encerraria 2018 no meio do caminho entre esse teto e a meta de 4,5%, com a taxa básica de juros em 10%.
Os resultados sobre o crescimento da economia só apareceriam a partir de 2016, com números próximos de 3% até 2018. Esse valor é superior à média do governo atual (cerca de 2%), mas abaixo do verificado nos