economia
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1 – a cobrança de estacionamento na Ceagesp e a reação dos caminhoneiros
No último dia 13 de março começou a cobrança de uma tarifa dos veículos (caminhões ou veículos particulares) que acessam a área da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns de São Paulo). No dia 14 de março, a insatisfação com a cobrança, associada a uma insatisfação causada pela demora no acesso - desde a madrugada formaram-se longas filas de veículos em toda a região da Ceagesp - foram dados como motivo para uma reação violenta dos caminhoneiros que culminou na depredação da praça de pedágios, centro administrativo, veículos e outras áreas internas da Ceagesp.
A cobrança da taxa de estacionamento, chamada, a meu ver, erroneamente de pedágio, dos usuários da área é justa ou, como disseram alguns caminhoneiros, os impostos pagos e pedágios de rodovias já cobrem este gasto não se justificando a cobrança.
Inicialmente esclareço que o que se está cobrando é uma tarifa por estacionamento, uma vez que os veículos pagam pelo tempo que permanecem na área da Ceagesp o que se diferencia da taxa de pedágio, que é a cobrança pela passagem em determinada via.
O que justificaria que o poder público cobre pedágio de uma área pública, em uso a mais de 40 anos, sem que nesse período houvesse qualquer cobrança? A área em questão pertence ao governo federal que a administra.
Sendo o governo federal o administrador da área e também o responsável pela arrecadação de tributos que devem ser revertidos aos contribuintes na forma de serviços estariam corretos os argumentos dos caminhoneiros de que o custo para estacionar nesta área já teria sido pago por eles, por meio dos impostos e pedágios pelos trânsito rodovias que pagam?
Ao que me parece a população brasileira em sua maioria, aliada a alguns políticos, tem enorme dificuldade de entender que grande parte do problema de falta de infraestrutura brasileira é causado pela falta de investimento e pela crença de que os impostos pagos