Economia
Constata-se que os dados sobre estruturas de repartição de renda, da forma como são convencionalmente apresentados, indicam como a renda agregada se encontra distribuída, permitindo que se comparem entre si os padrões de distribuição, bem como sua evolução ao longo do tempo. Mas, conforme adverte Rossetti (2005), nem sempre dão a medida exata das diferenças observadas. Isto só será possível com o emprego de instrumentos de aferição que em geral reduzem os graus de concentração das estruturas de distribuição a um único coeficiente.
São deste tipo, por exemplo:
• Coeficiente alfa de Pareto;
• Coeficiente de Gini;
O segundo, derivado de uma das mais conhecidas representações gráficas de estruturas distributivas, a curva de Lorenz.
Coeficiente Alfa de Pareto
Na última década do século XIX, o economista italiano Vilfredo Pareto tentou desenvolver uma lei de distribuição de renda fundamentada em estudos estatísticos, tendo concluído que as estruturas de distribuição são relativamente constantes em diferentes países e épocas. As estruturas seriam, então, definidas por uma relação funcional, do tipo hipérbole, entre as diferentes classes de renda e o número dos indivíduos inscritos em cada uma delas.
Segundo Pareto, a renda social se distribui sempre entre os indivíduos de acordo com certo padrão universalmente similar: grande número de indivíduos recebe rendimentos abaixo do nível médio geral, enquanto que pequeno número se localiza nas faixas superiores, recebendo rendimentos acentuadamente acima da media. Existe, segundo Pareto, uma tendência para que a renda seja distribuída sempre dessa forma, independentemente da diversidade da política pública adotada e nas instituições políticas e sociais vigentes.
O enunciado geral da Lei de Pareto baseou-se em dados estatísticos de diferentes países, a partir das quais o pesquisador constitui séries de distribuição de frequência, adotando como intervalos de