Economia
Em seu primeiro ponto, a autora discorre sobre a relação entre trabalho e sobrevivência, a qual se modificou amplamente ao longo dos anos. De início, as tarefas do homem limitavam-se ao seu sustento imediato, por meio da coleta de frutos, pesca e caça. Nesse aspecto, o trabalho está intimamente ligado à sobrevivência, pois esse é seu único objetivo. Com o passar dos anos, no entanto, o homem atingiu um maior domínio sobre a natureza, já que passou a domesticar animais e a desenvolver técnicas de colheita eficientes, sendo tal fato desencadeador da prática da agricultura, responsável por prender o homem a terra e tornar indispensável que houvesse a organização social. A partir desse momento, houve a distribuição – de acordo com sexo e idade, principalmente – de tarefas entre os membros da comunidade, ainda que o objetivo continuasse a ser unicamente a sobrevivência.
O avanço dos instrumentos e das técnicas de trabalho levou o homem a ter mais controle sobre o que por ele era produzido. Além disso, esses aspectos proporcionaram ao homem menor gasto de tempo na realização de tarefas e, ainda assim, maior e mais eficiente produção. O trabalho havia se tornado mais produtivo, e, em decorrência, o homem passou a destinar o tempo livre a outras atividades, dentre as quais a produção de novos instrumentos que otimizassem a produção. Todo esse controle sobre o seu trabalho levou o homem a produzir mais do que o necessário para a sobrevivência de sua família, o que originou o denominado pela autora de trabalho excedente, que, diferentemente do termo trabalho necessário, não era dirigido ao sustento imediato da comunidade, já que o excedia.
O trabalho excedente, por