Economia
Em junho de 1987, o governo anunciou o Plano Bresser de combate à inflação. O diagnóstico foi o mesmo do Plano Cruzado: inflação inercial. O Plano Bresser, porém, reconheceu o papel das políticas monetária e fiscal convencionais.
Sem procurar desindexar a economia, o governo congelou mais uma vez preços e salários, além de adotar políticas monetária e fiscal contracionistas.
Poucos meses após a implantação do plano, a inflação voltou a crescer, graças às pressões para aumento dos preços dos bens que tinham ficado defasados quando do congelamento.
Como as empresas temiam novo congelamento de preços no final do ano, foram feitas remarcações defensivas que contribuíram para o aumento da inflação.
Além disso, a atividade econômica continuou desacelerando.
Um Ano Sem Planos
Em 1988, a inflação aumentou progressivamente e o produto agregado quase não cresceu.
Não houve plano de estabilização em 1988. O governo procurou administrar os preços sobre os quais tinha controle direto: os preços das tarifas públicas e a taxa de câmbio.
Embora o governo tenha tentado diminuir as necessidades de financiamento do setor público, comprimindo os salários do funcionalismo, a administração de preços acabou aumentando o déficit público.
A inflação piorou no segundo semestre de 1988.
Em outubro, o governo tentou o "pacto social": um acordo com trabalhadores e empresas para pré-fixar preços e salários.
Ao contrário de salários e preços, as tarifas públicas respeitaram as metas de reajustes estabelecidas pelo pacto. Com as tarifas públicas defasadas em relação à crescente inflação, o déficit do governo aumentou ainda mais.
Plano Veçrão
Em janeiro de 1989, o governo fez outra tentativa de combate à inflação, instituindo o Plano Verão.
Houve outra reforma monetária, preços e salários foram congelados e foram tomadas medidas para desindexar a economia. O Plano Verão enfatizou, porém, políticas monetária e fiscal restritivas.
O governo realinhou os preços públicos