Economia
A liberalização dos sistemas financeiros durante a década de 1960/70 originou alguns abusos, e, também, profundas crises amplificadas pela interacção com as características da política macroeconómica, designadamente os regimes cambiais e a política monetária. A maior parte das crises tornaram-se, rapidamente, muito difíceis de gerir pois envolviam grandes passivos em moeda estrangeira. A título exemplificativo, temos o caso do Japão, que na segunda metade dos anos 1980, sofreu os efeitos de uma bolha especulativa no preço dos activos imobiliários e no mercado bolsista e na década de 1990, uma grave crise cambial e financeira que reflectiu os seus efeitos nas designadas economias emergentes do sudeste asiático, em termos de crescimento económico e ganhos no mercado internacional. No final dos anos 1990 e início do novo século, os EUA tiveram uma surpreendente tendência de sobrevalorização bolsista nos títulos de empresas ligadas às tecnologias de informação, as dotcoms, a que se seguiria, a bolha do sector imobiliário. O termo “bolha”, refere-se a uma situação em que o preço de um activo excede largamente o seu valor de custo. Constituindo um padrão insustentável pela sua limitação, acabam por implodir, tendo consequências devastadoras e com efeitos noutros países. Segundo a teoria económica, a medida para combater a maior parte das crises, passa por uma redução nas taxas de juro, facto é, que esta medida também pode ser responsável pela causa das bolhas especulativas. Toda a política de regulação do mercado instaurada em 1987 nos EUA por Volcker foi substituída pelos seus sucessores, de acordo com os analistas, pela política do bening neglect, a qual conduziu a uma bolha, quer tecnológica como imobiliária pela permissividade em inundar os mercados de liquidez. À medida que os preços sobem e auto-alimentam-se por contágio, cria-se a ascensão desenfreada desses mesmos mercados de acções até a um limite... Neste caso, o pico fez-se sentir no verão de 2000, e nos