Economia
MBA GESTÃO EMPRESARIAL
A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA BRASILEIRA: O INCENTIVO AO CRÉDITO
RIBEIRÃO PRETO
2011
INTRODUÇÃO
A implementação do Plano Real marcou um novo momento da história da economia brasileira. O processo de inflação crescente e a estagnação do mercado foram gradualmente substituídos pela aceleração da economia e pelo acesso das pessoas ao mercado de bens e serviços. O aumento da renda familiar alterou o perfil do consumidor que caminha alinhado ao das grandes economias. Muitas são as variáveis envolvidas no processo de decisão de compra como a posição econômica e cultural do indivíduo dentro da sociedade e conhecer estas variáveis é papel fundamental para atingir o consumidor. No entanto, o Estado também interfere na opção do consumidor, uma vez que, impõe determinadas políticas que não permitem ao mercado atingir o ponto de equilíbrio e a auto-regulação. O incentivo ao crédito é uma das formas de intervenção do Estado, o qual por um lado estimula a economia mas por outro aumenta o endividamento dos brasileiros.
1 O MERCADO DE CONSUMO NO BRASIL PÓS REAL
O Plano Real, em 1994, com o objetivo de promover a estabilização econômica marcou um novo período na história da economia brasileira. Após vários anos de relativa estagnação do mercado brasileiro, iniciativas fracassadas, desequilíbrios, choques econômicos, elevada inflação e perda de poder aquisitivo, o Brasil, finalmente, realizou uma operação de estabilização monetária bem sucedida, chamada de Plano Real.
Antes do Plano Real, o país estava com um processo de inflação crescente, que o conduzia à tragédia de uma hiperinflação. Com o novo plano, a inflação foi drasticamente reduzida e passou a ser comparada com os patamares registrados de economias de países desenvolvidos. O índice geral de preços declinou de 5.150,00% ao ano, em junho de 1994, para aproximadamente 10% ao ano, em dezembro de 2001 (GIAMBIASI, 2005). Tal plano adotou as seguintes medidas: