Economia
Conflitos de Classes no Tempo de Malthus
Nas primeiras décadas do século XIX, de intensos conflitos de classe, envolvendo a classe operária e as classes proprietárias e, entre essas, proprietários de terra e capitalistas industriais (com expressão no parlamento). Para a população pobre, houve imensos sacrifícios e grande sofrimento, opressão política e legislativa - a Revolução Industrial acelerou a geração e acumulação de lucros, canalizando a capacidade produtiva. Em 1750, a classe operária vivia perto da subsistência e sua situação piorou desde então: destruição do modo de vida tradicional dos trabalhadores (artesãos), subordinação ao ritmo de trabalho imposto pela máquina (disciplina severa) - mulheres e crianças sem treinamento incorporados ao trabalho fabril com baixíssimos salários; crianças ligadas às fábricas por contratos de aprendizado desde os 7 anos; tratadas como mercadoria, mandados para trabalhar como gado, sob jornadas de 14 a 18 horas; mulheres também maltratadas, despidas, vítimas de assédio, trabalhando grávidas.- vida nas cidades: insuportável, ajuntamento humano sem água, esgoto, imundo
● foi um período de poder absoluto e sem controle dos capitalistas em relação à produção fabril
● houve depressões e quedas acentuadas de preços - explicitação do desemprego, de capacidade ociosa e mercadoria sem compradores
● um cenário incrível, em que ocorrem revoltas dos trabalhadores (inclusive as ludistas: destruição das máquinas) e tentativas de associação coletiva - estava proibida por lei, que visava impedir o “monopólio”, contrário à livre concorrência
● duas grandes controvérsias: leis dos pobres e leis dos cereais
Thomas Malthus (1766 - 1834) - Em 1798 esse médico inglês publicou uma obra intitulada “Ensaio sobre a população”, na qual fez um prognóstico pessimista sobre o futuro da humanidade. Defendia que a população tendia a crescer em progressão geométrica e a produção de alimentos cresceria apenas em progressão aritmética.