Economia
Introdução
Breve histórico
Os fundamentos da análise da demanda ou procura estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade. A utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. Ou seja, a utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades humanas. Com está baseada em aspectos psicológicos ou preferências, a utilidade difere de consumidor para consumidor (uns preferem uísque, outros cerveja etc.).
A teoria do Valor – Utilidade contrapõe-se á chamada Teoria do Valor – Trabalho, desenvolvida pelos economistas clássicos (Malthus, Smith, Ricardo, Marx). A teoria do Valor-Utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma pela sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. Ela é, portanto subjetiva, e considera que o valor nasce da relação do homem com os objetos. Representa a chamada visão utilitarista, onde prepondera à soberania do consumidor, pilar do capitalismo.
A teoria do Valor – Trabalho considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta, representados basicamente pelo fator mão-de-obra, em que a terra era praticamente gratuita (abundante) e a capital pouco significativa. Pela teoria do Valor – Trabalho, o valor do bem surge da relação social entre homens, depende do tempo produtivo que eles incorporam ao bem. Nesse sentido, a teoria do Valor – Trabalho é objetiva (depende de custos).
Pode-se dizer que a teoria do Valor – Utilidade veio complementar a Teoria do Valor – Trabalho, pois não era mais possível predizer o comportamento dos preços dos bens apenas com base nos custos de mão-de-obra (ou mesmo custos em geral) sem considerar o lado da demanda (padrão de gostos, hábitos, renda etc.).
Ademais, a teoria do Valor-Utilidade permitiu distinguir o valor de uso do valor de troca de um