Economia
ESTADO EXIGE REFORÇO NOS ESTOQUES DE MILHO (JORNAL DO COMÉRCIO – PORTO ALEGRE, 16/07/2008) O desabastecimento de milho no Rio Grande do Sul, situação que tem refletido na alta dos preços do produto, foi discutido ontem durante audiência entre representantes do setor suinícola gaúcho e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os suinocultores gaúchos solicitaram o reforço dos estoques do Estado, composto, segundo o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, por 14 mil toneladas. "Pedimos para que a Conab liberasse seus estoques para diminuir a especulação", disse. Segundo ele, além do baixo volume armazenado, outros fatores têm colaborado para o aumento do preço da saca do cereal. Após os Estados Unidos direcionarem o milho para produção de etanol, o Brasil tornou-se grande exportador. Além disso, a expectativa em relação à possível quebra na safrinha, especialmente no Paraná, colabora para o aumento da especulação. "Há 30 dias, o suinocultor comprava milho a R$ 27,00 a saca. Hoje não compra por menos de R$ 29,00 até R$ 30,00", diz Folador. Da reunião de ontem não houve definições quanto às medidas a serem tomadas para ajudar os setores, tanto de suínos como de aves. "Nos reunimos com o ministro Stephanes, agora devemos ter alguma manifestação sobre o que será feito", acredita. Além do pedido de liberação dos estoques, também será debatido com o ministro a possibilidade de liberas as importações de milho transgênico. O presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa, deputado Adolfo Brito (PP), disse que a idéia é remover pelo menos 50 mil toneladas de milho de outras regiões brasileiras para o Estado. De acordo com a Conab, apenas 15 mil toneladas de grãos estão estocadas no Vale do Taquari, região onde a avicultura tem forte influência econômica. Já na região Norte do Estado, onde o setor suinícola é altamente