Economia
O termo mais-valia foi empregado por Karl Marx para explicar, cientificamente, a exploração capitalista. O operário possui somente sua força de trabalho e a oferece aos donos dos meios de produção por um período de tempo, este, por sua vez, compra a força de trabalho do operário por uma determinada quantia em dinheiro (salário) e depois de comprar dispõe dessa força como quiser. Pode-se dizer que a mais-valia é a diferença entre o valor produzido pela força de trabalho e o custo de sua manutenção. Exemplo: Suponhamos que um operário seja contratado para trabalhar 8 horas por dia numa fábrica de motocicletas. O patrão lhe paga 16 reais por dia, ou seja, 2 reais por hora, o operário produz duas motos por mês. O patrão vende cada moto por 3883 reais. Deste dinheiro, ele desconta o que gasta com matéria-prima, desgaste de máquinas, energia elétrica, etc.; exagerando bastante, vamos supor que esses gastos somem 2912 reais. Logo, sobram de lucro para o patrão 971 reais por moto vendida (3881 menos 2912 é igual a 971). Se o operário produz duas motos por mês, ele produz, na verdade 1942 reais por mês (2x971). Se, num mês, ele trabalhar 240 horas, produzirá 8,1 reais por hora (1942 dividido por 240 horas). Portanto, em 8 horas de trabalho ele produz 64,8 reais (8,1x8) e ganha 16 reais. A mais-valia é exatamente o valor que o operário cria além do valor de sua força de trabalho. Se sua força de trabalho vale 16 reais e ele cria 64,8, a mais-valia que ele dá ao patrão é de 48,8 reais. Ou seja, o operário trabalha a maior parte do tempo de graça para o patrão! O que interessa ao patrão é o aumento da mais-valia, pois assim aumentam-se seus lucros. O capitalista pode, para isso, aumentar ao máximo a jornada de trabalho do operário de modo que depois dele ter produzido o valor equivalente ao de sua força de trabalho continue trabalhando muito tempo mais, este método era bastante utilizado no início do capitalismo e denomina-se