Economia
O café tornou-se o principal item de exportação na quarta década do século XIX.
As condições excepcionais que oferecia o Brasil para essa cultura valeram aos empresários brasileiros a oportunidade de controlar três quartas partes da oferta mundial desse produto. (FURTADO, 1985, p. 178)
Porém, as técnicas praticadas no plantio eram rudimentares, com mão de obra escrava. Enormes fazendas eram administradas pelos próprios fazendeiros, que exerciam forte influência nas questões sociais e políticas. Isso ocasionou novamente a concentração de renda.
Em meados do século XIX foi construída a ferrovia, onde se deu o acesso ao porto de Santos, destaca que na década de 1821-30 o café foi responsável por 19% do total de exportações do país e em 1891 esta margem aumentou para 63%. O porto de Santos, em 1894, torna-se o mais importante centro exportador de café do mundo (BAER, 1996). No final desse século o centro econômico transferiu-se para São Paulo, juntamente com a economia cafeeira.
Várias tentativas na produção de manufaturados pela economia local não foram bem sucedidas, devido às políticas de portas abertas adotadas pelo governo, que facilitava a importação de manufaturados de melhor qualidade da Europa. No Brasil a industrialização iniciou-se tardiamente a partir da década de 1840.
Com o objetivo principal de aumentar a receita tributária, o governo aumenta suas tarifas de importação em aproximadamente 30% no ano de 1844. Em consequência surgem as primeiras empresas têxteis. A partir daí o Estado incentiva a produção, fornecendo isenção de taxas na importação de maquinário e matéria-prima. No ano de 1852, o Brasil possuía 64 fábricas e oficinas, sendo elas de diversos ramos: artigos de couro, sabão, têxteis, vestuário, cerveja, fundição, vidro, dentre outros. O primeiro período de desenvolvimento industrial no Brasil foi dominado por indústrias leves, sendo responsáveis por 57% da produção industrial em 1907 e 64% em 1919.