Economia das crises Cap 3

UM MUNDO TRANSBORDANDO DE DINHEIRO
Todos esse fatores – Inovações financeiras , falhas na governança corporativa, política monetária frouxa, falhas do governo e o surgimento dos bancos paralelos – Contribuí para a eclosão da crise . Em muitos deles, os Estados Unidos e outros Países do mundo anglofono tomaram a dianteira. Mas o restante do mundo também ajudou a preparar o cenário para a crise, mesmo que essa não fosse sua intenção.
Numa economia mundial integrada, as taxas de juros pelas quais os Estados Unidos podiam tomar emprestado eram crescentemente determinadas pelos mercados globais. E nos mercados globais havia um excedente de poupança no Japão, da Alemanha, da China e de uma série de economias emergentes. Toda aquela poupança precisava ser investida em algum lugar, e no final foi dirigida para comprar o endividamento gerado pelos Estados Unidos. Em virtude do baixo retorno sobre a dívida da Fannie Mae e Freddie Mac , bem como os títulos lastreados em hipotecas garantidos por essas instituições. Todos eles tinham a garantia implícita do tesouro dos estados Unidos.
As estimativas variam , algo entre 40% e 50% dos títulos gerados por instituições financeiras americanas . O fluxo de receita das dívidas de cartões de credito , financiamentos de imóveis, créditos estudantis e hipotecas terminaram nos portfólios dos investimentos estrangeiros por meio do processo de securitização.
Mas o que é inquestionável é que esse excesso de poupança a procura de investimentos acabou indo para os estados Unidos. Nesse processo, ajudou os estados Unidos a viver muito além dos seus meios por um longo tempo. De fato, se os estados Unidos fossem uma economia emergente, em vez da única superpotência mundial, seus credores teriam puxado o plugue da tomada há muito tempo. Mas isso não aconteceu, o dinheiro fácil jorrou nos estados Unidos, e o crescimento exagerado foi sustentado por essas outras poderosas tendências globais. Combinado com a política monetária frouxa,