Economia 2º semestre
A inflação pode ser conceituada como um aumento generalizado e continuo dos preços: ocorre em todos os setores da sociedade[->0], sem distinções, e ao mesmo tempo. Isso ocorre continuamente em um período de tempo, não sendo um aumento somente por causa de um excesso de procura[->1].
Como ela representa uma elevação nos preços, significa que, conseqüentemente, há uma desvalorização da moeda em questão. É gerada por uma mal administração da economia, que faz com que haja uma “guerra” para controle de estoque de moeda, não sendo este sua única causa: há também os conflitos entre salários[->2] e preços, em que a classe baixa sai perdendo, dado o alto poder de corrosão da inflação perante seus salários.
Alguns economistas defendem a tese de que a inflação, se controlada a patamares baixos, tem utilidade à economia em geral, pois a estabilidade completa dos preços pode levar à deflação, tão ou até mais destrutiva que a inflação: esta consiste na queda dos preços abruptamente, levando a crises por causa de falências e desemprego.
Um exemplo clássico de inflação foi a época do imperador Diocleciano: os denários, moeda da época, antes fabricados somente com ouro, passaram a ser fabricados com impurezas também. Isto causou aumento dos preços (havia muita moeda circulante no mercado), e o imperador ditou um decreto em que o mercador que aumentasse seus preços seria punido com a morte.
A inflação provoca distorções na economia, sendo as principais:
- Efeito sobre a distribuição de renda[->3], em que assalariados que dependem de prazos legais de reajustes não conseguem acompanhar o aumento de preços;
- O balanço de pagamentos sofre déficit, pois os produtos nacionais[->4] tornam-se muito caros. Assim, é mais fácil importar, o que faz com que haja muita saída de capitais do país, fazendo os preços se elevarem, tornando-se um círculo vicioso;
- Há um desestímulo para a aplicação nos mercados de capitais, pois o valor da moeda se desvaloriza muito rapidamente.