Ecologia profunda
Conceito proposto pelo filósofo e ecologista norueguês Arne Næss em 1973, a Ecologia Profunda é um conceito filosófico que vê a humanidade como mais um fio na teia da vida. Cada elemento da natureza, inclusive a humanidade, deve ser preservado e respeitado para garantir o equilíbrio do sistema da biosfera.
Enquanto a ecologia seria um estudo das interações entre os seres vivos e destes com o ambiente, a Ecologia Profunda é uma forma de pensar e agir, dentro da ecologia ou de qualquer outra atividade.
O conceito foi proposto como uma resposta ao paradigma dominante e à visão dominante sobre o uso dos recursos naturais.
A ecologia profunda possui influência do pensamento de Gandhi, Thoreau, Rousseau, Aldo Leopoldo e muitos outros.
Arne Naess era também estudioso do Budismo e de filosofias orientais, influências marcantes no modo de agir do ecologista profundo. É sensível a influência que a filosofia taoista exerceu sobre todo o movimento ecológico.
É notável também que diversas sociedades humanas, especialmente indígenas, praticavam uma vida de acordo com este modo de ver e agir a respeito da biosfera. A definição mais recorrente de Ecologia Profunda se dá justamente por meio do discurso do índio norte-americano Chefe Seattle. Em sua carta ao presidente Franklin Pierce, ele afirma:
"De uma coisa sabemos. A terra não pertence, ao homem: é o homem que pertence à terra. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará."
Pelo lado científico, há grande influência de novas descobertas científicas como a teoria da complexidade e a teoria do caos. Baseia-se em novas formas científicas de pensar, conhecidas como pensamento sistêmico.
[editar] Definição de autoresNas palavras de Fritjof Capra: "O ambientalismo superficial é