Dízimo: Expressão de fé e uma alternativa de auto-sustento.
Este humilde trabalho que me propus a elaborar no final dos meus estudos de teologia é a culminância de um sonho que trago comigo desde o ano de dois mil e um, quando ainda cursava o primeiro ano do curso teológico. Tudo começou quando fiz o estagio na paróquia de São João Batista, bairro de Jardim Santarém, na cidade de Santarém e, tomei conhecimento da forma como era trabalhado o dízimo naquela comunidade. O tema, a partir daí, despertou ainda mais o meu interesse, até chegar o momento de redigir esta tese. Aí não tive mais dúvida.
Diante das dificuldades enfrentadas pelas comunidades para se auto-sustentarem, senti a necessidade de fazer um estudo mais aprofundado sobre o dízimo, como expressão de fé e uma alternativa de auto-sustento. E para mais tarde ajudar outras pessoas que se interessarem pelo tema.
O principal objetivo é demonstrar que, através da fé do povo, a Igreja-comunidade pode ser economicamente e politicamente independente. Por isso, fiz questão de manter uma pesquisa voltada para a Amazônia, até pela realidade peculiar a essa região.
No primeiro capítulo abordo o dízimo como expressão de fé do fiel. Então, se é a fé que motiva o dízimo, isto é, é ela que determina o quanto deve ser dado, posso dizer que o dízimo é expressão de fé.
No primeiro ponto deste primeiro capítulo, trato do dízimo dentro de uma perspectiva bíblica, buscando enfatizar que o dízimo não é uma criação atual e nem foi a Igreja que o criou. Mas ele está presente em toda história da salvação, sendo encontrado na vida do povo de Deus do Antigo Testamento, como também na vivência da Igreja nascente do Novo Testamento.
No segundo ponto, trabalho a importância da partilha na vida da comunidade, citando as necessidades da Igreja e o significado do dízimo como devolução a Deus e agradecimento a ele por tudo que proporciona na vida do ser humano.
No terceiro ponto, tento explicar a importância da conversão no processo de conscientização e, para isso, relato uma