DURKHEIM: anomia, sucídio e solidariedade.

SOCIOLOGIA GERAL
Anomia, Suicídio como fato social e Solidariedade Mecânica e Orgânica, segundo Émile Durkheim

1. ANOMIA

A Sociologia, segundo Durkheim, era definida como a ciência das instituições, da sua gênese e do seu funcionamento. Seu objeto próprio são os fatos sociais, que compreendem toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior. Dessa forma, o fato social é algo dotado de vida própria, externo aos membros da sociedade e que exerce sobre eles uma autoridade que os leva a agir, pensar e sentir de determinadas maneiras.

Os fatos sociais se vêm integrados de tal maneira que em certo momento, o indivíduo aceita a coerção (processo no qual o indivíduo é forçado a seguir as regras do meio social que está inserido) e passa a respeitar sistematicamente aquele comportamento. Contudo, é neste contexto que surge o conceito de anomia: estado social de anarquia e ausência de normas na relação entre os indivíduos e as forças coatoras do controle social.

Para Durkheim, anomia é um período a curto ou longo prazo que possui caráter de desequilíbrio e crise de uma determinada sociedade, e é desencadeado por uma ausência de regras.

2. SUICÍDIO

Durkheim considerava o suicídio um fenômeno coletivo. A sociedade sendo capaz de cobrar ações resolutas de seus membros tendo em vista a autopreservação, e em nome da coesão, exigir que um indivíduo abdique da própria vida; é a partir de considerações como essa que ele propõe uma análise de suicídio enquanto fato social. Cada grupo social tem uma disposição coletiva para o suicídio, e desta derivam as inclinações individuais; de correntes de egoísmo, de altruísmo ou de anomia que afligem a sociedade.

A influência das conjunturas particulares - tomadas por causas imediatas do suicídio - não passam de "ressonâncias do estado moral da sociedade". As causas do suicídio são, portanto, objetivas, exteriores ao indivíduo: são tendências coletivas.

O suicídio divide-se em três