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A proposta de que todos nós somos matéria das estrelas foi apresentada ao mundo há pouco mais de 50 anos no artigo Synthesis of elements in stars (Síntese de elementos nas estrelas) publicado em 1957 por Geoffrey Burbidge, Margaret Burbidge, William Fowler e Fred Hoyle. O artigo é tão famoso que é muitas vezes referido somente pelas iniciais dos autores, B²FH. Geoffrey Burbidge, o físico que ficou famoso por ter lançado as bases da teoria da nucleossíntese estelar, faleceu dia 26 de Janeiro em San Diego . Curiosamente, num paradoxo que lembra a oposição de Einstein à mecânica quântica que nasceu da sua explicação do efeito fotoeléctrico e do dualismo onda-corpúsculo que propôs para o fotão, o astrofísico opôs-se a outra teoria que se começou a impor graças ao seu trabalho: o Big Bang. Actualmente pensa-se que os elementos químicos mais leves - hidrogénio, hélio e lítio - foram produzidos no Big Bang. George Gamow foi o autor da proposta de que a formação dos elementos mais leves (hidrogénio, hélio e lítio) poderia ser explicada através da «nucleossíntese primordial» que teria ocorrido no início do Universo, cerca de 3 a 4 minutos após o Big Bang, por recombinação dos nucleões formados. Os outros elementos são produtos de estrelas, que «sintetizam» elementos diferentes em diferentes etapas da sua vida de muitos milhões de anos. Por exemplo, o elemento da vida, o carbono, é formado a partir do hélio por um processo denominado triplo-alfa (em que três núcleos de hélio se fundem). Durante a explosão de supernovas, são produzidos os elementos mais pesados. Os elementos pesados sintetizados nas estrelas são depois espalhados pelo Universo, misturam-se com o gás e poeira cósmicos* e dão origem a novas estrelas (como as estrelas de População I da Via Láctea) e até mesmo planetas como a Terra. Todos nós, a Terra e mesmo o nosso Sol, temos origem nas sementes da vida deixadas pela morte de estrelas.*A poeira cósmica ou poeira interestelar é constituída