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A pobreza e a falta de informação produziram uma bomba de efeito retardado que está dizimando a África: nas duas últimas décadas, a AIDS matou 17 milhões de pessoas no continente,quase tanto quanto catástrofes históricas como a gripe espanhola do início do século passado (20 milhões) e a peste negra, na Idade Média (25 milhões).
De cada três infectados pela AIDS no planeta,dois vivem na África. A cada minuto, oito novos doentes surgem no continente. Países como Zimbábue convivem com índices de contaminação de 25% da população. Para se ter uma idéia do que isso representa,o Brasil tem 540 mil pessoas infectadas, uma taxa de contaminação de 0,35% da população.
Na África do Sul, a incidência de estupros é epidêmica como a própria síndrome, e as duas estão vinculadas.Oficialmente, ocorrem 50 mil estupros por ano - há estimativas de que esse número seja superior a 1 milhão.
Países africanos mais atingidos pela AIDS.
Frágeis economias sofrem impacto da epidemia - OHIV se alastra cada vez mais pelo continente, sem que os governos tomem medidas preventivas eficazes. Com exceção de Uganda, praticamente não há campanhas de prevenção, faltam testes de HIV e não hámedicamentos para tratar os doentes. A razão, segundo especialistas, é a falta de vontade política dos governos de lidar com a doença.
O seminarista togolês Pierre Avonyo, que trabalhou comsoropositivos em seu país de origem, afirma que a violência sexual contra as mulheres produzida por guerrilheiros e pelos próprios exércitos é a principal causa do aumento da incidência da AIDS. A doença tambémameaça as frágeis economias dos países. O Produto Interno Bruto (PIB) da África do Sul, por exemplo, será 17% menor em 10 anos por causa de AIDS. Empresas de vários países calculam perder entre 6% e8% dos lucros em gastos com funcionários contaminados, incluindo o pagamento de funerais e medicamentos