Dos egípcios aos com temporâneos uma visão da morte
*Anildo
A morte desde os primórdios foi encarada com receio, de modo que ao longo da História, os seres humanos sempre procuraram desenvolver ideias de posterioridade, ou buscarem meios para prolongarem a própria existência ainda enquanto matéria. Assim, desenvolveram a religião, a racionalidade e a ciência, como refúgio para tentar se livrar desse possível fim. Os povos egípcios por sua vez, foram uma das civilizações que mais manifestou o interesse pelos mistérios e enigmas que envolvem a morte. Considerada a mais longa das civilizações antigas que floresceram em torno do mediterrâneo, a história do Egito, estendeu-se, quase sem interrupção, desde aproximadamente o ano 300 AEC até IV AEC. É também, uma das civilizações que mais exercem fascínio sobre os homens, grande parte associado a sua religiosidade, pois desde os primeiros tempos, eles tinham uma grande preocupação com a morte; acreditavam numa vida depois da morte, motivo que os levou a prática de conservação dos mortos através da mumificação – segundo a sua religião, a alma da pessoa necessitava de um corpo após a morte. Portanto, devia-se preservar este corpo para que ele recebesse de forma adequada a alma – essa prática da mumificação até hoje não é inteiramente desvendada. Percebe-se que a vida dos egípcios era justificada pela presença da morte, assim em nome dela criaram diferentes técnicas, como é o caso das mumificações. Seus deuses eram profundamente respeitados, por acreditarem na vida após a morte. Como em quase todas as religiões do mundo antigo, os egípcios assumiram a religião politeísta, apresentando seus deuses como seres com os vícios e virtudes dos homens, porém, muito mais sábios e com magia que os tornavam muito mais poderosos. Os faraós que governavam o Egito eram considerados pelos cidadãos egípcios descendentes diretos dos deuses, de modo que para estes desde o nascimento, eram construídas grandes pirâmides, onde depois de