Documentação em museus - Johanna Smith
Escola de Ciência da Informação
Biblioteconomia – Noturno 2014/1
Fundamentos da Organização da Informação
Professor: Cristina Dotta Ortega
SMIT, Johanna W. Documentação em museus: A documentação e suas diversas abordagens. Rio de Janeiro: Museu de Astronomia e Ciências Afins – MCT. Vol. 10, p. 11-22
O termo documentação ocorre com diferentes significados, no cotidiano ou em especialidades, mas remete a uma ação exercida sobre documentos. Assim, a documentação pode ser entendida como uma ação operada com ou sobre os documentos. Tradicionalmente o documento é definido como resultante de uma inscrição em um suporte, associando à noção de registro. A abordagem mais pragmática do documento encontra importantes representantes nos EUA, por exemplo, nos trabalhos de Jesse Shera e Louis Shores. Shera limitou o documento a um registro gráfico.
Quarenta anos antes, Paul Otlet – considerado pai da documentação – seguiu por uma linha mais abrangente ao considerar tudo como documento, inclusive elementos encontrados na natureza, perseguindo uma visão mais voltada à discussão de sua função. Em seu “Tratado de Documentação”, Otlet define os documentos na condição de registros escritos, gráficos ou tridimensionais que representam ideias ou objetos e que informam, deixando claro que representa ideias ou objetos, ou seja, “tudo” poderia ser considerado digno de guarda e preservação.
Porém a abordagem funcional do documento ainda era vaga e carecia de uma definição mais precisa. Esta definição foi proposta por Suzanne Briet em “O que é documentação?”. Briet ressalta a importância do registro para o documento e caracteriza o documento como “qualquer índice ou simbólico, preservado e registrado para representar, reconstruir ou demonstrar um fenômeno físico ou intelectual”. Briet também faz distinção entre objetos e documentos, atribuindo aos últimos o poder de evidenciar algo.
Michael Buckland considera a proposta de Briet não