Diários de Motocicleta
O filme narra uma viagem feita por Ernesto Guevara e seu companheiro Alberto Granado em 1952. O objetivo inicial era percorrer 8 000 quilômetros através da América latina numa velha moto apelidada carinhosamente por eles de La Poderosa. Ernesto Guevara, na época, era um jovem de classe média alta que estava prestes a terminar seu curso de medicina. Alberto Granado, um bioquímico que queria comemorar seus 30 anos na estrada. Num primeiro momento, são jovens comuns, querendo conhecer o próprio continente deles, até então só visto em livros. Levaram um choque ao entrar em contato com uma realidade dura e por eles desconhecidas até então.
A viagem tem início na própria Argentina, depois vão para o Chile (a moto estraga definitivamente nesta parte da viagem e eles continuam a pé), é ali que têm um maior contato com pessoas que enfrentam a terrível realidade latino-americana, falam com um casal que tem de viajar durante horas para conseguir uma vaga numa mina.
O que mais me chamou a atenção é que vamos sendo apresentados a todos os locais pelos quais passam, não de forma simplista como mera descrição, e sim como parte da transformação que os personagens estavam vivendo. O auge desta apresentação é quando chegam até o leprosário San Pablo na Amazônia peruana. É ali que definitivamente Ernesto está prestes a ser alguém muito diferente do que costumava ser. No leprosário os médicos e enfermeiras ficavam de um lado do rio e os doentes do outro. Um dia antes de partirem todos estão comemorando o aniversário de Che, ele participa um pouco da festa, mas olha para o outro lado do rio onde estão os enfermos e decide que passará para o outro lado nadando, mesmo sendo de noite e ele sofrendo seriamente de crises de asma.
No final desta incrível viagem, os amigos se separam. Alberto vai continuar seus estudos, e Ernesto começa sua luta contra as desigualdades daquele povo.
Aprendi com o filme, principalmente, a importância do