divisao internacional do trabalho
A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) consiste na divisão de trabalho e serviços entre os diversos países do mundo. O capitalismo comercial estabeleceu as bases da primeira DIT, caracterizada pelo fornecimento de matérias-primas das colônias às metrópoles (nações mercantes europeias) e de produtos manufaturados produzidos nas metrópoles para as colônias.
No capitalismo industrial a DIT anterior foi consolidada, ou seja, aquela entre metrópole e colônias, mas com algumas distinções: as colônias especializaram-se na produção de matérias-primas baratas para as indústrias europeias, com o avanço das áreas de plantations de produtos tropicais (algodão, cana-de-açúcar, borracha, café, etc.) e de mineração; as metrópoles, por sua vez, puderam ampliar seu mercado consumidor, vendendo produtos industrializados para as áreas coloniais.
A produção em larga escala permitiu a ampliação das vendas e dos lucros das metrópoles, que passaram a reinvesti-los no desenvolvimento de tecnologias aplicáveis à produção industrial. Consolidava-se, assim, uma situação de subordinação econômica e tecnológica das colônias em relação às grandes potências europeias.
No capitalismo monopolista ou financeiro, a DIT tornou-se mais complexa, pois passamos a ter de um lado os países desenvolvidos criando novas tecnologias e produzindo bens industrializados e, de outro, as colônias e ex-colônias (países subdesenvolvidos e independentes), divididas entre aquelas que continuam a produzir exclusivamente recursos primários (agrícolas e minerais) e as nações tardiamente industrializadas, que passaram a produzir bens para seus mercados internos e para exportação.
Alguns autores dividem a DIT na fase do capitalismo monopolista ou financeiro em DIT clássica mostrando a relação entre países subdesenvolvidos não-industrializados, produtores de produtos primários: agrícolas, minerais e fósseis e os desenvolvidos, produtores de produtos industrializados,