Diversos
Antônio de Oliveira Salazar foi seminarista durante oito anos. Em 1914, formou-se em direito na Universidade de Coimbra, da qual se tornou catedrático em 1918, na área de ciências econômicas.
Iniciou sua carreira política aderindo à corrente católica que se organizava como reação contra a política laicista e liberal do regime republicano. Milita no Centro Acadêmico de Democracia Cristã e publica artigos e obras especialmente dedicados a questões de tributação e de finanças públicas.
Em 1919, é expulso da universidade, acusado de conspirar contra o regime republicano, sendo depois readmitido. Em 1921 é eleito deputado pelo Centro Católico Português e tem papel de relevo no congresso dessa organização, realizado em 1922.
Instaurada a ditadura militar em 1926, é chamado para ocupar a pasta de Finanças, cargo que só exerce por cinco dias. Regressa ao ensino e publica artigos criticando as contas públicas do Estado, cuja crise financeira se agravara depois do golpe militar.
Novamente convidado a ocupar a pasta de Finanças em 1928, impõe rigor financeiro às contas públicas, inaugurando o que os historiadores chamam de "ditadura financeira": uma política de contenção de despesas, com adiamento das obras de fomento e aumento de receitas pela intensificação da pressão fiscal, além da redução dos vencimentos e do congelamento dos salários.
Ao conseguir o primeiro orçamento sem déficit desde 1914, Salazar torna-se o político de confiança do Exército, resistindo a sucessivas