Diversidade cultural na formação do povo marabaense
Migração de nordestinos e sulistas na região de Marabá
Amarildo Silva Coelho
Professor-Tutor Externo Marcos Felipe Frota Gama
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Bacharel em Administração (ADG - 0227) – Módulo I
27/10/12
RESUMO
Marabá é uma cidade localizada a sudeste do estado do Pará e é formada, principalmente por nordestinos e sulistas. O presente trabalho aborda as fronteiras culturais dessa migração na região de Marabá, nas décadas de 70 e 80. Neste contexto, os processos de identidade são atravessados pelas experiências diversas da migração e pelas negociações tornadas possíveis em novos espaços geográficos e sociais, tornando a cultura marabaense tão diversificada.
Palavras-chave: Migração. Cultura. Identidade.
1 INTRODUÇÃO
O estado do Pará tem experimentado profundas transformações, não só em termos de infraestrutura, mas um crescimento demográfico, econômico e político resultando no desenvolvimento regional. Estas transformações têm feito com que as pessoas mudem a forma de viver, influenciando-as na aquisição de novos hábitos, valores, novas formas de vida e de sobrevivência. Assim a cultura vem se modificando, ao mesmo tempo influenciando e sofrendo influências do meio.
2 OS PRIMEIROS MIGRANTES
Os primeiros migrantes que vieram para a região de Marabá chegaram ao final do século XIX. Eram os “brancos” da frente pastoril nordestina que vinham, naquele século, ocupando áreas no Maranhão e no norte do Goiás. Com a descoberta do caucho (árvore amazônica, da qual se extrai um látex também utilizado para fabricar borracha.), no Vale do Itacaiúnas, esses e novos migrantes dedicaram-se ao trabalho na extração e comercialização da goma elástica. As frentes migratórias para a região na década de 1920 destinavam-se especialmente ao trabalho na coleta e comercialização da castanha do Pará e no garimpo de diamante nos