Ditadura
Começou em 31 de Março de 1964, quando os militares deram um golpe de Estado e depuseram o presidente João Goulart. O fim do regime foi em 15 de março de 1985, 21 anos depois, dia em que José Sarney, vice de Tancredo Neves, assumiu a Presidência da República.
Golpe Militar
Em 1961, o país vivia uma crise institucional. O Presidente João Goulart (Jango), que desagradava a uma parcela dos militares e setores sociais mais conservadores, assumira o cargo depois da renúncia de Jânio Quadros. Mas Jango só pode assumir após aceitar governar sob um regime parlamentarista (chefiado por um primeiro-ministro). Ao vencer um plebiscito em 1963, Jango restabeleceu o presidencialismo. O país passou a viver um momento de radicalização política, com manifestações da parcela mais conservadora da população contra as reformas de base (agrária, bancaria e política) que o presidente queria implantar.
Sob o pretexto de combater a ameaça comunista, que teria sido ampliada pelas políticas de Jango, a corrupção e a crescente crise econômica, em 31 de março de 1964 as Forças Armadas deram um golpe de Estado e uma junta militar assumiu o poder. No dia seguinte, uma onda de repressão atingiu entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Central Geral dos Trabalhadores (CGT).
Em abril de 1964 foi decretado o Ato Institucional nº 1, que deu ao Congresso o papel de Colégio Eleitoral para eleger o presidente da República. Parlamentares da oposição foram cassados, fazendo com que os que apoiavam o golpe fossem maioria no Parlamento, que referendou como presidente o marechal Humberto de Alencar Castello Branco, que governou até março de 1967 e editou três Atos Institucionais. O AI-2 dissolveu os partidos políticos e permitiu ao Executivo cassar mandatos. Também foi criado o bipartidarismo, com a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), que apoiava o governo e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), da oposição. Em março de 1966 foi decretado o AI-3, que tornava