Dissertação
Pode-se afirmar, com toda a certeza, que atualmente homens e mulheres possuem os mesmos direitos, sendo distribuídos e exercidos por igual? A realidade de décadas passadas era que o público feminino se restringia apenas aos serviços domésticos e sofria preconceitos vindos de indivíduos da sua própria classe social. Fato é que o espaço pertencente a elas está sendo ocupado em curtos passos.
Até a década de 80, a mulher tinha um único dever, o de cuidar das tarefas da casa e principalmente, satisfazer os desejos de seu parceiro. O correto naquela época era que o homem sustentasse a casa e sua esposa não fizesse nada mais que suas obrigações: lavar, passar e cozinhar. Essa “monarquia” predominou no Brasil por muito tempo e ainda está presente em várias regiões do planeta. A repreensão é um termo que pode muito bem resumir a vida das mulheres nos séculos passados, pois além de ter menos da metade dos direitos dos homens, a discriminação (machismo) também se mostrava frequente e nada se podia fazer, a não ser aguentar piadas e provocações alheias. Porém, a partir do recrudescimento do movimento feminista, entre os séculos XIX e XX, e o movimento contra-cultural encabeçado por jovens defensores de uma revolução sexual, a mudança envolvendo todos os setores (do industrial ao social) aconteceu. No Brasil, a mulher ainda enfrentou mais dificuldades do que em outras partes do planeta para se tornar independente. O direito ao voto, por exemplo, só foi aprovado no ano de 1932, sendo que a proclamação da república ocorreu em 1889. Durante a ditadura militar, muitas foram às ruas em busca não só de seus direitos, mas contribuir nas lutas, para que todos pudessem recuperar a coragem de batalhar por aquilo que acreditam e assim como os homens, sofreram com os castigos impostos por aliados do regime. Uma das vítimas, que há pouco tempo foi ouvida pela Comissão Nacional da Verdade, chama-se Ana Mércia Silvia