dissertação
7 “ A ARTE DE SORRIR CADA VEZ QUE O MUNDO DIZ NÃO”128
- A vivência lúdico-corporal na formação dos professores –
“ Qual é, então, a maneira mais certa de viver? A vida deve ser vivida como jogo, jogando certos jogos, fazendo sacrifícios, cantando e dançando, e assim o homem poderá conquistar a favor dos deuses e defender-se de seus inimigos, triunfando no combate.” (
Platão, apud Huizinga, 2004, p. 22)
Fig 14: Grupo Coração de Professor: A dor e a delícia de ser professor”.2004
No capítulo anterior, discutimos o aspecto lúdico no trabalho e na formação docente, tendo como vertentes de análise o método dialético do conhecimento e os princípios da ludicidade integrados aos princípios pedagógicos decorrentes de tal metodologia. Dessa forma, buscamos coerência entre este método e a perspectiva sócio-histórica e lúdica proposta nesta pesquisa. Neste último capítulo, temos como objetivo aprofundar a discussão da formação docente em sua vertente pessoal, analisando as atividades lúdico-corporais como ferramentas para esta formação, tendo como caminho a abordagem reichiana. Assim, buscamos responder à terceira e última questão norteadora desta dissertação: como as atividades lúdico-corporais, vivenciadas na formação docente, podem contribuir para o engajamento afetivo e para o equilíbrio emocional dos professores.
Desse modo, organizamos o capítulo em dois ângulos de debate. No primeiro, analisamos a dinâmica afetivo-corporal dos professores, mediante a leitura do seu campo energético. No segundo, discutimos a contribuição das atividades lúdico-corporais na formação e no
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Trecho da composição “Brincar de viver” de Guilherme Arantes.
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investimento afetivo do professor no seu trabalho. E, por fim, a partir destes ângulos, concluímos o capítulo, apontando os princípios que devem nortear o trabalho lúdico-corporal na formação pessoal do educador.
A formação pessoal docente, na perspectiva que está sendo aqui apresentada,