Dissertação: conflitantes com a morte

CONFLITANTES COM A MORTE

Os profissionais de saúde são os que mais lutam contra a morte, mas a sua formação e carreira são marcadas pelo afastamento dela. O ser humano vive como num ritual de negação deste acontecimento natural em nossas vidas, perdendo a oportunidade de melhor formar suas concepções sobre esta fase de morrer. Como um profissional da saúde, pode influenciar no comportamento de pessoas, que estão com uma perspectiva negativa em relação a uma doença terminal?
Morrer está ligado, intimamente, ao instinto de sobrevivência humana, pelo qual o organismo tende a esquivar-se de qualquer dor. Isto pode ocorrer com qualquer um, em qualquer momento, e dependendo da maneira como se vive, gerando um medo intenso de lidar com a terminalidade em nossas vidas.
Sabe-se que a pessoa passa por 5 fases antes de se consumar a extinção da vida. Temos a estabilidade da saúde o que contribuí para um choque quando nos deparamos com uma doença grave. A primeira fase é a negação (não, eu não!), a segunda é a raiva (por que eu?), depois das indagações vem a terceira que é a barganha (eu, está bem, mas...), na quarta fase vem a depressão (sim, eu...), a última fase se consolida com a aceitação (a hora está próxima e está tudo bem...).
Os enfermeiros convivem com a morte, acarretando neles uma maior reflexão acerca do fim. Cuidar de pessoas em situações críticas, onde existe a possibilidade de ocorrência do fim da vida, requer de quem presta o cuidado preparo técnico para atuar com imediaticidade, como também com o emocional, pois o óbito de um paciente reflete no limite da capacidade do profissional.
Em sua formação acadêmica o profissional deve ser mais bem preparado para ser capaz de manter uma relação interpessoal de ajuda a qual é a essência do ato de cuidar, tanto com o paciente terminal, quanto com os seus familiares. Ao se experimentar a perda de clientes, pode-se deparar com a angústia, devido a ciência da possibilidade de nossa própria morte, mas isso resgata a